Enquanto ensaiam provisoriamente no Colégio Gildo, poder ensaiar no Cine Teatro Iguassu, utilizando o espaço para guardar instrumentos, é o sonho da recém formada Orquestra, assim como é o sonho já manifestado pelo TULS – Teatro Unificado de Laranjeiras do Sul.

Após mais de três meses de desaparecimento da Banda Municipal de Laranjeiras do Sul, cuja alegação da prefeitura é de que os custos com a mesma estariam sendo economizados enquanto se planejava abrir edital para chamar maestro aprovado em concurso, surge a Orquestra Filarmônica Iguaçu. Esta absorveu todos os alunos da referida banda interrompida, e amplia para participação de mais pessoas da comunidade, de diversas idades.

A Orquestra que encontrava-se no 3º ensaio, nesta terça-feira (21), tendo o mesmo maestro Matias, que antes comandava a Banda Municipal, conta agora com o apoio do Núcleo Regional de Educação, tendo como defensora e articuladora do projeto a ainda chefe, Eliza Gemelli Silva. Para dar condições imediatas de começar, os trabalhos, o maestro afirma que conta com o apoio de alguns empresários do município.

Mas a ideia é que o Estado acolha o projeto, conforme adianta Eliza. “A Secretaria de Estado da Educação já sinalizou interesse em custear o projeto que será escrito em edital que abre no próximo semestre, com orçamento para o próximo ano, para que possamos inclusive, comparar novos e dar manutenção aos equipamentos. Por enquanto, estamos viabilizando com apoios locais e com ajuda dos próprios envolvidos que se revezam no preparo de lanches por exemplo”, comenta Eliza, antecipando ainda que em breve a Orquestra vai oferecer aula de canto.

Já com 40 adesões de aprendizes da música em diversos instrumentos de sopro e de corda, o maestro diz que ainda há vagas e se for necessário será aberta nova turma. Os ensaios acontecem às terças e sextas-feiras no saguão do Colégio Gildo Aluísio Schuck. No entanto, adiantam que a prefeitura será procurada para se discutir a possibilidade urgente de utilização do Cine Teatro Iguassu, cuja finalidade deve ser de uso da comunidade.

Para o pai de alunos da Orquestra, Sidnei Vieira, esse projeto veio na hora certa. “Meus filhos que antes participavam da banda, estavam muito ansiosos pela volta da oportunidade de poderem aprender música. São tão interessados que brinco que chega a meia noite e não chega as 17 horas, quando vêm para o ensaio. Ainda bem que puderam começar de onde já sabiam”, enfatiza o pai.

Já, para a aluna Nataly Sabrina Scheffer Duarte, 11, que iniciou na música a partir da Orquestra, esta significa a oportunidade de descobrir seu talento. “É a primeira vez que faço parte de um grupo de música. Gosto muito e estou experimentando os instrumentos, até ver com qual vou me adaptar melhor”, conclui.