O crime perfeito
Diego Mendonça Domingues é Engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Paraná. Pós-graduado em administração tributária e integrante do levante popular da juventude e publica sua coluna semanal, no Portal Comcafé.
Segunda-feira, sete horas da manhã, celular desperta, soneca. Sete e dez, levanta-se.
Sonolento, prepara um café. Com leite, e açúcar. Pão, manteiga, queijo, e presunto.
Sai para o trabalho. Não existe uma rotina definida no trabalho. Tudo é muito dinâmico, as atividades variam de acordo com diferentes necessidades diárias. Cansa física mas principalmente mentalmente. O ambiente de trabalho poderia ser bom caso não fosse recorrente o pensamento de que todo trabalho contribui para um sistema social excludente o qual aumenta a desigualdade econômica, cultural, filosófica e científica mundial.
Sai do trabalho. Almoça. Almoça o prato típico brasileiro. Arroz e feijão. Uma salada, ovo ou carne se der. O trabalho continua igual – dignificante?
Exercícios físicos. O corpo precisa ser treinado para corresponder nas mais diversas situações, como a rotina, a velhice, ou qualquer situação emergencial.
Teto. Janta. Descanso. Pouca diversão.
Terça-feira. Pouca diversão. Relógio, trabalho, exercícios, comida. Teto, janta, descanso. Sonhos.
Quarta-feira. Diversão? Pouca. Talvez fim de semana, que está chegando. A comida também não melhora muito não. Exercícios para evolução também mental. Teto, janta. Um pouco de meditação espiritual. Descanso e sonhos.
Quinta-feira. Relógio. Soneca. Cansaço. Pão. Manteiga. Café. Trabalho. Mais trabalho do que o normal na quinta-feira. Poderia ter sido na quarta, ou na sexta. Final de semana chegando – o tempo para diversão. Pouca diversão.
Sexta-feira. Cansaço. Despertador. Pão. Trabalho. Comida. Teto.
Sábado, domingo.
Segunda-feira? O crime perfeito. Os criminosos? Quem sabe? Quem viu?
Quem sabe nada disso existiu.