Boa comida para todos os tipos, gostos e estados civis
Muitas são as desculpas quando o assunto é cozinhar, comer bem ou receber à mesa. Moro sozinho, por isso não cozinho, prefiro coisas práticas e rápidas, não tenho tempo por causa das crianças ou meu apartamento é muito pequeno, são as mais comuns.
A verdade é que cada desculpa, pode ser justamente o que motiva a pessoa a adaptar-se a um modo alternativo, na busca pela alimentação mais adequada a sua realidade, aliando gosto pessoal, praticidade, economia, qualidade de vida e descobertas. Sim, as descobertas na culinária, são incríveis, infinitas e muito prazerosas.
Preparar as próprias refeições numa casa onde mora uma pessoa com uma criança, por exemplo, perfil bastante comum em tempos de novos modelos familiares, pode ser muito prático, divertido e principalmente, saudável.
Um exemplo para facilitar a alimentação da criança, entre 8 meses e 4 anos, é fazer caldos de carnes brancas ou vermelhas, congelar em vasilha de tamanho apropriado, podendo utilizar uma forma de gelo, desinformar os cubos e guardar em saquinhos. Isto serve para uma refeição mais rápida, com o qual se cozinha legumes (batata, chuchu, batata salsa, cenoura). É só amassar e está pronto. Se o pequeno ou a pequena tiver mais de 2 anos, já pode congelar pedacinhos da carne, junto com o caldo.
Otimizando o tempo
Enquanto se prepara a comida da criança, a alimentação do adulto pode ser preparada junto, otimizando tempo e aproveitando algumas compatibilidades. Quando se faz o caldo de carne vermelha, que rende bastante, é possível pensar num cardápio como arroz com lentilhas, base que se harmoniza com diversos tipos
de carnes (bovina, suína, aves e peixes), uma vez que o prato pede caldo de carne para dar cor e sabor.
O arroz com lentilhas quando bem armazenado, dura bom tempo na geladeira, conservando o sabor e os nutrientes. Na imagem, uma versão servida com carré de carneiro e pasta de berinjela – (assar a berinjela inteira no forno até ficar bem fofinha, abrir ainda quente e temperar a parte intena com sal, azeite e alho levemente frito) – outra servida com costeletas suínas e pepino em conserva. Qualquer uma dessas carnes, são de fácil preparo, bastando um pouco de planejamento para que
fiquem temperadas/marinadas de dois a três dias. Assim, pode se fazer um agradável almoço de final de semana, armazenado com cuidado o excedente para servir de almoço, em casa ou para levar para o trabalho, durante a semana.
Mais opções
Outro prato fácil de preparar e que dificilmente se enjoa, é o tradicional, feijão com arroz branco ou integral, peito de frango ao curry (melhor ainda se encontrar a raiz fersca) e uma saladinha marroquina. Basta que se cozinhe e tempere uma quantidade de feijão, arroz e o peito de frango cortado em cubos. Para a saladinha marroquina, usa-se trigo em grão,
deixado de molho de um dia para outro, cozido e macerado, com salsinha, um pouco de tahine, sal e azeite. Essa parte, pode ficar pronta com antecedência. Na hora de servir, apenas corta tomate em cubinhos, alface em tirinha e mistura bem.
Mais uma dica e última por hora, é deixar recheios prontos para fazer deliciosos sanduíches. Opção leve e saborosa para os dias de calor. Um recheio que agrada a todos os paladares é o tradicional rosbife, posta branca cozida com alguns temperos na panela de pressão, até que a água se reduza quase ao fundo. Deixar que termine de secar sem a tampa, com a gordurinha da peça sempre virada para o fundo da panela, formando um caldinho amadeirado que dá cor à carne e
acrescido de mais temperos umedece as fatias cortadas bem finas (com faca bem afiada), depois da peça cozida e apurada. Na imagem, rosbife decorado com picles de pepino, que juntos ficam deliciosos num sanduíche de pão baguete, com alface e tomate ou fatias bem finas de abacaxi. Bom apetite, digamos, boa vontade de preparar pratos saborosos e divertidos!