Pierogi da Braspol de Virmond é eleito melhor prato do 3º Inverno Gastronômico

Além de comidas típicas e fomento à gastronomia regional, o 3º Inverno Gastronômico proporcionou a convivência entre as pessoas que puderam desfrutar de apresentações culturais como música, dança e teatro.

Carregados de significados culturais, o Pierogi de Virmond e o Prato do João, de Cantagalo, são respectivamente, 1º e 2º colocados, seguidos da Paella de Peixes do Iguaçu com Pinhão, do município de Pinhão, em apuração de votos dos jurados, realizada na tarde deste domingo (13), como encerramento do 3º Inverno Gastronômico Lagos e Colinas, promovido pela Emater, com apoio de diversos parceiros como Adetur e Prefeitura de Laranjeiras do Sul, que proporcionou toda a estrutura física do evento.

O Pierogi de Virmond dispensa apresentações, mas assim como o prato, é saboroso mencionar que seus ingredientes vão além dos temperos. Um prato que é mantido com originalidade e muito sabor, há muitas gerações, tendo a função de preservar uma carga incrível de história por meio da gastronomia. Os representantes da Braspol, organização que mantém viva a tradição polonesa, costumam destacar a responsabilidade do tripé que sustenta viva a cultura polonesa de Virmond, que são os pratos típicos, a dança e a língua polonesa, esta ainda carente de incentivos para que seja transferida as atuais e futuras gerações, que já não estão tendo contato com a língua de origem.

Já o Prato do João, de Cantagalo, também trás uma emocionante e admirável carga cultural, quando segundo seu criadores, surgiu para homenagear o avô de um deles e com a função de resgatar o valor dos povos indígenas e negros, pela maneira de se alimentar, quando na inexistência de energia elétrica, se preservava a carne suína em latas de banha, sendo servida com virado de feijão e broa de milho.

Já a Paella de peixes do Iguaçu, desenvolvida pelo cozinheiro Rodrigo da Adega Sabor do Sul, representa a inovação gastronômica, aliando sabores regionais, numa pegada cultural mais atual, valorizando matérias primas nobres e abundantes na região, apontando para uma ressignificação de culturas, o que na atualidade é uma tendência que também se faz necessária.

De acordo com a técnica extensionista da Emater, Terezinha Busanello Freire, mesmo com a chuva que caiu no domingo, o resultado do evento superou as expectativas de vendas, tanto dos pratos típicos, como dos produtos da agroindústria e artesanais, comercializados nos três dias. “É emocionante encerrar um evento desse, que dá sim muito trabalho para organizar, mas é muito gratificante, pois proporciona a valorização da produção local e da cultura de diferentes tradições que são trazidas nos pratos e podem ser apreciadas pelo público a preços acessíveis, num espaço público, onde todos podem visitar e desfrutar de apresentações culturais e da convivência comunitária”, disse Terezinha, emocionada e satisfeita com os resultados.

O público prestigiou satisfatoriamente o evento. Demonstrando que as feiras ao ar livre, são muito bem aceitas, inclusive no inverno. Como em todo o evento, alguns desafios foram percebidos e devem ser superados a cada edição, valendo ressaltar que a escolha da localização do evento, sendo Laranjeiras do Sul, um município cultural pela sua história e ainda um pólo que favorece geograficamente o acesso e participação de todos os demais municípios foi acertada e deve ser mantida.

Um balanço oficial com os resultados de vendas e número de pessoas que passaram pelo evento será divulgado pela organização até o final desta semana.

 

 

 

 

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