O 30 de agosto, dia histórico, mas também de luta.

O colunista semanal de Comcafé, Alessandro Kominecki, é professor de Geografia, especialista em Educação do Campo e membro da APP-Sindicato núcleo de Laranjeiras do Sul. Atua como professor na rede estadual de ensino do Paraná.

De toda conjuntura histórica de manutenção de direitos trabalhistas nas ultimas décadas, a classe trabalhadora passou por ciclos de avanços e ciclos de retrocessos.

A conjuntura atual mostra que a maioria da população não se sente representada pelas instituições representativas do país, reflexo da inserção de um projeto de governo que não chegaria ao poder pelo voto democrático.

O desmonte trabalhista que vivenciamos é reflexo de um golpe que além de ferir nossa jovem democracia atinge diretamente os trabalhadores, está desmontando a nação. É um projeto de país que pune os trabalhadores, que pune os pobres e gera miséria, pobreza; golpe de classe armado para atender aos interesses da minoria e que produz um Brasil para poucos (Estado Burguês), não um Brasil democrático que contempla todos os duzentos e poucos milhões de habitantes, todos os segmentos da sociedade.

A cada dez ou vinte anos que os trabalhadores se organizam, conseguem ascenção social, conquistam direitos e qualidade de vida, armam contra o povo, usam as instituições representativas para colocar em prática o velho projeto neoliberal que usurpa a dignidade social.

Esse país que a classe dominante tenta construir não nos serve, o Brasil é formado por vários povos e o projeto politico precisa contemplar a todos e todas. Por isso a sociedade precisa resistir a tudo isso, e o lugar da resistência é a praça, é as ruas. Não podemos aceitar um país que exclui, que pune e tem ódio do pobre, do negro, do Quilombo, do indígena, etc.

No dia 30 DE AGOSTO (quarta feira) o funcionalismo público sairá  as ruas para mostrar mais uma vez sua resistência e descontentamento frente as reformas. Além de ser uma data histórica, o 30 de agosto abordará uma extensa pauta do funcionalismo público, tanto federal como também a estadual, a última refere se principalmente a data base do funcionalismo (correção inflacionária), como também sobre a hora atividade, que foi retirada dos professores no inicio de 2017 com a resolução 113/2017, manutenção dos contratos PSS, pagamento pela titulação, concursos públicos (funcionários e professores)  e demais itens. É um momento de muita unidade de todos, pois o judiciário nas últimas audiências de julgamente da hora atividade não cumpriu seu principal papel, que era fazer cumprir a lei e fazer justiça. Não aceitaremos, terá luta!

Precisamos unificar nossa luta enquanto classe trabalhadora, e não deixar nosso futuro em risco. A voz das ruas precisa ser ouvida, todos nossos direitos foram conquistados na luta e na resitência, o 30 de agosto é mais uma etapa desse processo.

“O Estado somos nós”

Lenin

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