Pelo que tudo indica, os depósitos judiciais estão sendo usados para abastecer os carros das polícias; a última aquisição de viaturas, foi em 2012; os agentes selecionados no concurso, ainda não receberam formação; a última licitação para aquisição de armas, foi em meados da gestão de Requião e a chamada “Administração compartilhada”, só aconteceu no papel, pois não houve nenhum investimento em infraestrutura nas SDPs do Estado.

Em Laranjeiras do Sul, O CONSEG (Conselho Comunitário de Segurança), realizou nesta terça e quarta-feira(15 e 16), respectivas visitas à Companhia da Polícia Militar (PM)e à 2ª SDP – Delegacia da Polícia Civil, para conhecer as demandas e a infraestrutura disponíveis às duas corporações.

Dentre as dificuldades apontadas pelas duas polícias, está a extensa territorialidade a se percorrer, para atender os todos os demais nove municípios da Circunscrição (Cantagalo, Goioxim, Laranjal, Marquinho, Nova Laranjeiras, Palmital, Porto Barreiro, Rio Bonito do Iguaçu e Virmond).

Ainda de acordo com informações do delegado Helder Lauria, a infraestrutura da delegacia, sobretudo em relação a cômodos e pessoal, sem falar de viaturas e necessidade de utilizar armamento de propriedade particular sua e dos agentes empossados já há mais de um ano, como ainda não receberam a formação, também não recebem o armamento do Estado.

O delegado explica que a escola técnica da Polícia Civil do Estado, é pequena, não comportando a formação dos mais de mil policiais selecionados no último concurso – formação que dura de 4 a 5 meses – e que já estão em campo. “O correto seria que eles atuassem apenas em serviços administrativos, até que recebessem a formação e armamento fornecido pelo Estado. Mas como não há condições de trabalharmos sem o apoio deles, já em pleno exercício, mesmo que seja com as armas particulares, não há outra alternativa.

De acordo com os comandos de segurança, a falta de viaturas e o estado em que os carros se encontram, são outra dificuldade que precisam enfrentar diariamente. “O que está garantindo o combustível é o recurso dos depósitos judiciais”, comenta um participante.

Outra particularidade da SDP de Laranjeiras, considerada uma das subdivisões mais complicadas, é que o café da manhã dos presos é bancado pela comunidade. “O almoço e a janta chegam diariamente, de uma empresa terceirizada. Mas o pão para o café da manhã, maior parte é doada por supermercados e panificadoras. Dependendo da quantia de presos que temos, em alguns períodos, falta o equivalente para cerca de 20 pessoas. Então o Conselho da Comunidade, complementa”, relata o delegado.