Curso de iniciação em “Palhaço” promovido pela UFFS, resulta em festa no Asilo S. Fco Xavier
Até o final de março, será o terceiro curso de formação em artes cênicas que a UFFS proporciona para a comunidade. Nos dias 24, 25 e 26 acontecerá uma oficina de teatro musical, com a professore Me. Priscila Battini Prueter do da UTFPR, no Centro da Juventude, que encerra com a apresentação de uma mostra teatral/musical no Cine Teatro Iguassu, no domingo (26), 18h para toda a comunidade.
Com o curso realizado nesta quinta-feira (16), já é o 2º curso de formação voltado para as artes cênicas, ambos com uma parte dedicada à iniciação em Palhaço, que a UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul, traz para Laranjeiras do Sul, através do Professor Marcio Martins, do Instituto Federal do Mato Grosso, onde desenvolve alguns projetos artísticos.
A iniciação em “Palhaço” ou “Clown” em inglês, possibilita que pessoas desenvolvam um recurso que proporciona diversão, e por isso, importante instrumento em instituições como hospitais, lar de idosos e escolas e outros.
Em Janeiro, foi ofertado o curso Corpo e Stanislavski, estendido à comunidade, com presença predominante de integrantes do TULS – Teatro Unificado de Laranjeiras do Sul. Agora, a formação para o TULS, foi A Construção do Personagem em Stanislavski, sendo que a iniciação em palhaço foi também para outros segmentos da comunidade, a exemplo de hospitais, Centro da Juventude e Assistência Social.
Visita ao Asilo
Muitas das histórias contadas pelos moradores do Asilo S. Fco Xavier, são de chorar. Mas o riso logo apareceu quando o grupo de palhaços chegou. Tanto que o espaço se transformou numa festa com violeiro, gaiteiro de boca e declamador.
Com 78 anos, Orides Lazaroto, está há apenas três meses na casa. Ele trabalhou na roça e também em firmas em São Paulo. Ao ver os palhaços, se animou, puxou a gaitinha de boca e ele mesmo deu seu show.
O Violeiro Sávio Teodoro dos Santos, 76, disse ser um lavrador cantador. “Sempre gostei de trabalhar e me divertir nas festas”, afirma.
Outro que presa pela diversão a toda prova é Sebastião Alves de Moraes 90 anos. Ele conta que foi agricultor e domador de cavalos, mas que o seu gosto mesmo sempre foi dançar. “Dancei muito, namorei muito e preferi não casar”, conta.
Já, a história de Vânia Juliano, 58, que trabalhou como agente de viagens em São Paulo, é mais dramática. No início deste ano, ela perdeu a única filha por motivo de doença (Diabetes), aos 34 anos. Conta com muita tristeza que, devastada pela dor, ficou tão debilitada e depressiva que a solução foi terem levado-a para o asilo, para que recebesse os cuidados básicos e alimentação. “Perder um filho é uma dor que nenhuma mãe merece. Ainda sou triste, mas a presença de pessoas como esse grupo alivia um pouco”, destaca.
A cozinheira Fátima Aparecida Padilha, disse que sempre que os idosos recebem visitas com essa alegria, o ambiente fica feliz por um bom tempo “Eles seguem na diversão, contando casos sobre os visitantes. Assim fica mais gostoso de trabalhar”, conclui.