Os número de caso de câncer de mama e outros vem crescendo exponencialmente e além dos aspectos genéticos diversos outros fatores estão associados como causa.
Médica da Família, Marina Furlan.
Desde do início de março, quando os exames de mamografia estão sendo feitos pelo Instituto São José, mesmo que a orientação do Instituto Nacional do Câncer (INCA), seja para a realização dos exames a partir dos 50 anos, a cada dois anos, a coordenadora de atenção básica em saúde, em Laranjeiras do Sul, Pricila Batistel, diz que o município faculta a realização do exame a todas as mulheres a partir do 40 anos,
conforme defende a sociedade Brasileira de Mastologia, dando prioridade a idade recomendada pelo INCA. A ocorrência de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos é mais rara. O conflito entre a orientação do Inca e SBM, quanto à idade para que as mulheres iniciem os exames com maiores chances de prevenção, existe, mas de acordo com a médica da Família, Marina Furlan, o rastreamento preventivo que é disponibilizado já supre a prevenção, pois qualquer suspeita é encaminhada para fazer o exame. “A prioridades são as mulheres na faixa etária recomendada pelo INCA. Mas é claro que para o rastreamento, são encaminhadas pacientes em qualquer idade”, assegura a médica.
As causas ou riscos associados ao câncer de Mama, além do histórico familiar, são fatores hormonais, como por exemplo o fato de não ter filhos e não amamentar, além do usos de cigarros, pela presença do alcatrão, dentre outros. “Se a mulher ao realizar o autoexame, perceber qualquer normalidade, é só procurar a unidade de saúde que encaminharemos para o exame para que sejam sanadas as dúvidas, e em caso de confirmação, que o tratamento precoce seja encaminhado em tempo de
terem chances de cura”, disse a médica. De acordo com dados da secretaria de Estado da Saúde, em Laranjeiras do Sul, de 2015 a 2017 os casos de óbitos por câncer de Mama, mantem uma média de 3 a 4 casos por ano, totalizando 10 mortes nos três anos. Veja tabela:
Outros tipos de câncer
Nos municípios do interior, as pessoas raramente tem acesso a médicos especialistas em determinados tipos de câncer. Em geral o oncologista que é um profissional que atende genericamente todos os tipos de câncer atende a todos os pacientes. Quando há necessidade de avalição específica, os transportes
públicos por agendamento, fazem o translado dos pacientes até os centros especializados de Guarapuava ou Cascavel, para os procedimentos.
Os fatores dos diversos tipos de câncer são variados, associando-se desde alimentação inadequada, até exposição exagerada ao sol e a venenos, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo. No entanto, embora não haja nenhum estudo que confirme, é ao menos curioso que num município, cujo uso de agrotóxicos é elevadíssimo, as mortalidades por câncer de pulmão, sejam as mais frequentes e em maior número. “O acúmulo de defensivos no organismo pode elevar o risco de surgimento de diversas neoplasias, como câncer de mama, testículos e fígado. Crianças, que têm o sistema imunológico ainda em desenvolvimento, podem ser expostas aos agrotóxicos já na gestação e correm maior risco de desenvolver leucemia”, aponta o Centro integrado de diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa.
Para evitar esse tipo de complicação, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) delimita a quantidade máxima de agrotóxicos que o corpo humano pode consumir diariamente. De acordo com a agência, a ingestão de resíduos dentro do Índice Diário Aceitável (IDA) não causa maiores danos à saúde. Para a aprovação de novos agroquímicos, são obrigatórios estudos que comprovem o respeito a esse índice, calculado através dos Miligramas (mg) pelo peso (kg) do consumidor. Mas o que se vê é que o uso excessivo dos venenos estão por toda parte, inclusive no perímetro urbano, para a realização de capinagem química, mesmo sendo proibido por lei.
