Professora que encontrou o carro danificado em frente à escola, diz que o sentimento vai além de indignação

O sentimento maior é de preocupação com o tipo de sujeito que sem limites e certo da impunidade, demonstra que se algo lhe desagrada, ele agride.

Depois de 21 anos lecionando, embora tenha vivência e conheça os dramas sociais que refletem no comportamento escolar, a professora de Português, Marisa Lopes, que leciona 40 horas no Colégio Estadual José Marcondes Sobrinho, em Laranjeiras do Sul, diz que embora já tenha presenciado algumas situações de violência, ficou chocada quando encontrou seu carro estacionado em frente à escola, como de costume, com o vidro do passageiro quebrado, revelando uma violência indireta, nesta segunda-feira (22). Nada foi roubado.

Marisa disse que seu primeiro sentimento foi de impotência. Mas gostaria de dizer para a pessoa que planejou causar lhe um dano material que isto, ela pode reverter. Porém quem cometeu tal ato de vandalismo e violência, que pense, pois toda a ação tem uma reação e que essa pessoa poderá ter consequências no seu futuro.

Sobre como imagina que a sociedade e também o poder público, possam respectivamente contribuir e tomar medidas no combate a violência que se manifesta muitas vezes nas escolas e até contra professores, ela diz: “Nós somos reféns destas atitudes de violência no dia a dia enquanto exercemos nossa profissão”. Marisa acredita que deveria haver alguma prevenção e punição para que tais atos sejam tratados como crime. “Muita agressão verbal não é levada em consideração. Mas vivenciando isso no cotidiano, o estresse é terrível, pois muitas vezes somos os primeiros a impor os limites no Colégio”, ressalta a professora.

Já, sobre a que atribui essa possível incompreensão ou demonstração de ódio, dirigida a uma professora e onde é possível identificar a causa falha, Marisa diz o seguinte: “Atribuo a condição que se tem, de que se me incomoda eu agrido. Assim tá resolvido todos os meus problemas. Fica impune mesmo. É a cultura que se tem atualmente”, lamenta a professora.

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