Seab, Sebrae e Cantu promovem missão técnica ao IAPAR
Fonte: Ass. Cantuquiriguaçu
Secretários de Agricultura e produtores rurais conheceram novas técnicas manejo e raças de Boer e Anglo Nubiana.
Um grupo de produtores rurais e secretários de Agricultura do Território da Cantuquiriguaçu participou, na última semana de uma missão técnica de visita ao Pólo Regional do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), de Pato Branco.
O grupo foi recepcionado pelo médico Veterinário, João Ari Gualbento e o pesquisador, André Luiz Finxler. Estes, destacaram que a estruturação das cadeias produtivas de Ovinos e Caprinos do Paraná e da região, passa por um processo, no qual é necessário trabalhar gestão e organização. “As pessoas se enganam quando pensam que produzir 20 ou 30 cabritos no ano, vai gerar renda. É necessário ter um lote de no mínimo, 200 cabras, que vão gerar 300 filhotes no ano. E para chegar a isso, é preciso ter organização e planejamento, destaca André. Outra problemática apresentada na visita foi na questão de pastagens, alimentação adequada e balanceada. O animal no pasto reduz custos, bem menos que no confinamento. O problema é que as pessoas não adubam as pastagens ou praticam um manejo correto e isso compromete a produção”, alertou Finxler.
O médico João Ari falou das verminoses que são muitos frequentes na caprinocultura. “Os vermes também são algumas das dificuldades no manejo de cabritos, para isso é necessário buscar o vermífugo adequado para cada tipo de animal ou propriedade”, salientou.
Participaram da missão, o chefe do escritório da Seab de Laranjeiras do Sul, Valdemir Almeida e o secretário executivo da Associação Cantu, João Muniz.
Caprivir de Virmond
Os técnicos destacaram o trabalho da Associação de Caprinocultores de Virmond (Caprivir), que ao longo dos anos vêm se consolidando e sendo referência para o território e Estado. O vice-presidente da Caprivir, Paulo Saukao comentou que o objetivo é incrementar um padrão genético nos rebanhos, focando em animais que dão melhor resultados na produção de carne. “A Caprivir trabalha com um grupo de produtores associados, que visam uma genética de ponta, como também nos cuidados necessários com a nutrição e a sanidade dos rebanhos”, explica Paulo.
No plano de manejo, as matrizes são mantidas a pasto. Os animais de engorda, logo depois da desmama são deslocados para um espaço separado por um período de até seis meses de idade, e após atingirem cerca de 30 quilos, vão para o abate.
Por não possuir um frigorifico de abate, a Caprivir vem comercializando a sua produção no modelo de carcaça, ou seja, o animal é abatido num frigorifico terceirizado e comercializado para grandes centros comerciais do Paraná e São Paulo. Atualmente o quilo de caprino está sendo comercializados numa média de R$ 25 a 30. O programa de caprinocultura na região conta com o apoio técnico da Emater-PR.