URBS manipula acesso ao malex obrigando passageiros a pagarem mais caro no guarda-volumes
A diferença de preços pode chegar a 1000%, dependendo do tamanho dos volumes, cabendo vários no malex que custa R$ 7,50 pelo período de 24 horas, enquanto no Guarda-volumes o preço é de R$ 6,50 por volume, independente do tamanho.
O manipulação, que de acordo com os próprios funcionários da URBS – Urbanização de Curitiba S/A, e da única lanchonete que vende fichas para o malex, que atuam na Rodoviária de Curitiba, está sendo feita diariamente, obrigando os passageiros a pagarem exorbitantemente mais caro, no guarda-volumes. “A URBS não devolve as fichas aqui, no final do dia. Então somos obrigados a dizer apenas que não temos mais fichas”, disse uma funcionária da lanchonete.
Já, alguns poucos funcionários da URBS que se encontravam na rodoviária – no momento em que uma passageira com um bebê de colo (que não passava bem), procurava comprar as referidas fichas para guardar as malas, no malex intermunicipal, tendo que atravessar a rodoviária carregando a criança, pois as mesma quando disponíveis são comercializadas apenas no bloco interestadual – disseram que o não retorno das fichas, o que obriga os passageiros a pagarem caríssimo pelo serviço equivalente no guarda-volumes, é diário.
“Moça, não temos o que fazer, eles seguram as fichas e são muitas pessoas reclamando, o dia inteiro, obviamente para faturarem mais no guarda-volumes”, disse o agente, que não quis se identificar. A manipulação do malex, extorquindo os passageiros é um exemplo dos muitos questionamentos à URBS, instituição vista como uma “caixa preta”, e que sai prefeito, entra prefeito, as praticas não mudam. “Então essa é a Curitiba que é vendida lá fora como a capital social”, indagava a passageira.
versão oficial da URBS
Solicitado pela assessora do presidente da instituição, Ruthineia Magalhães, o administrador da URBS, na Rodoviária Municipal de Curitiba, Vanderlei Gimenes Ramos, confirmou o problema. Mas disse que não é por interesse da URBS em faturar mais, e sim pela resistência dos lojistas em vender as fichas do malex, pelo motivo do serviço, ao ser corrigido pela inflação, ficar um valor quebrado de R$ 7,75, dificultando o troco. “Tanto o jurídico como a controladoria da URBS estão buscando uma solução para esse problema”, disse Ramos, observando que embora estabeleça o preço, a URBS não é responsável direta pelo malex, pois segundo ele, assim como o gurda-volumes, é um serviço terceirizado, cujos espaços são alugados da instituição pública.