Vão-se 195 anos de “Independência ou Morte!”
Em setembro de 1822, Dom Pedro, príncipe regente na época, saiu de “cima do muro” e proclamou a independência da colônia brasileira da metrópole portuguesa.
Conforme os registros históricos, em 1822, Dom Pedro estava sob forte pressão das cortes portuguesas e elite brasileira para que uma posição fosse tomada.
Os primeiros queriam que o príncipe regente voltasse à Portugal, para que a corte pudesse recolonizar o Brasil e eliminar por aqui os focos de resistência que a metrópole começava a enfrentar com relação ao controle econômico e político.
O segundo grupo, por outro lado, cobrava de Dom Pedro sua permanência na colônia e que lutasse contra Portugal para que o Brasil tivesse a chance de se tornar uma nação independente.
O que aconteceu no dia 7 de setembro?
Embora o príncipe tentasse adiar a todo custo a tomada de uma decisão, foi durante uma viagem para São Paulo, com objetivo de resolver disputas políticas na província que ele teve que “sair do muro”.
No dia 7 de setembro, enquanto estava às margens do Rio Ipiranga, ele foi alcançado por um mensageiro que trazia uma carta de Portugal exigindo sua obediência à corte. Naquele momento, Dom Pedro pesou a situação, tomou coragem e seu ato seguinte ficou conhecido como o “grito do Ipiranga”, bradando: “Independência ou morte!”.
E depois da Independência do Brasil?
Depois disso, o Brasil passou a se considerar independente de Portugal e, no dia 12 de outubro de 1822, de volta ao Rio de Janeiro, então capital; Dom Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil.
Com relação a Portugal, obviamente, o ato de Dom Pedro não foi aceito sem muito ranger de dentes. Aliás, a independência do Brasil só foi reconhecida por nossos antigos patrícios em agosto de 1825, quando a Grã-Bretanha intermediou a situação e Portugal não teve mais o que fazer.
Sobre os ingleses, embora tenham sido decisivos para o nosso 7 de setembro ter valido a pena, não comece a considera-los os “bonzinhos” da história. Na verdade, eles entraram na jogada movidos por interesses econômicos e exigiram que o Brasil mantivesse relações comerciais com a Grã-Bretanha em troca de proteção.